Amarelinha da seleção virou piada. Simancol neles!
Ex-jogador e ex-técnico, Mário Jorge Lobo Zagallo completa amanhã 85 anos de relevantes serviços prestados ao futebol brasileiro. “Nossos adversários tremem diante da amarelinha”, era sua frase memorável para destacar a superioridade da seleção em amistosos e jogos oficiais. O salto alto de dirigentes, treinadores e jogadores se encarregou de sepultar de vez a mística da camisa oficial do Brasil, único país pentacampeão mundial e que voltou a viver das lembranças do passado.
Zero de atitude
Não importa a dimensão do insucesso recente, se as derrotas para México (2 a 1 em 2012) e Alemanha (7 a 1 em 2014) ou o empate contra o Iraque (0 a 0 ontem). O que fica claro é a ausência de atitude. Ainda em 2010, o então treinador da seleção brasileira, Mano Menezes, brincou com Zagallo durante a realização do Footecon, congresso de futebol no Rio Janeiro: “A amarelinha já fez outras seleções tremerem mais”. Rasgou elogios ao Barcelona e à seleção da Alemanha e destacou a necessidade de maior organização e planejamento por parte dos clubes e da Confederação Brasileira de Futebol.
Receita é conhecida
O cenário não mudou uma vírgula em seis anos. É o tipo de discurso parecido com o debate sobre a aprovação de projetos no Congresso Nacional e nos legislativos estaduais e municipais. O país praticamente não necessita de novas leis, o fundamental seria colocar em prática as já existentes. A cúpula do futebol brasileiro, da mesma forma, sabe exatamente o que deve ser feito e os exemplos a seguir. A empáfia de quem se julga superior, entretanto, emperra a adoção de medidas que resultem em avanços dentro e fora dos gramados.
Gol de bico também vale
O egocentrismo do atacante Neymar não é o único culpado pelos seguidos insucessos, muito menos a falta de personalidade de jogadores novos e veteranos. A qualidade técnica continua existindo, mas atleta de seleção agora parece ter vergonha de recorrer a um gol de bico, prática comum no tempo dos artilheiros Romário e Ronaldo. Espírito coletivo, então, melhor nem falar. O mais apropriado é mirar no exemplo da seleção feminina, capitaneada pela craque Marta, humilde e solidária.
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Vaga na Copa ameaçada
Em caso de novo fiasco olímpico – hoje essa é a tendência – o técnico Tite será obrigado a juntar os cacos e reunir as últimas forças que restam para evitar o golpe de misericórdia no futebol brasileiro: ficar fora da Copa do Mundo de 2018. Só há uma fórmula para evitar o desastre: admitir que o paciente está mal, muito mal, e não poupar medicamentos agressivos. Simancol é o primeiro da lista.
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