Pesquisa de opinião do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) apontou que apenas o ex-presidente Lula, entre 10 possíveis candidatos para 2022, tem números de intenção de voto maiores do que do atual presidente, Jair Bolsonaro.
Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula caso ele se candidatasse, enquanto 38% optariam por Bolsonaro.
Por outro lado, a rejeição do petista é menor do que a do presidente: 44% contra 56%.
Na sequência do ranking de potencial de votos estão: Sergio Moro (31%), Luciano Huck (28%), Fernando Haddad (27%), Ciro Gomes (25%), Marina Silva (21%), Luiz Henrique Mandetta (15%), João Doria (15%) e Guilherme Boulos (10%).
Para entender melhor esse cenário que se prepara para 2022, confira um panorama da situação atual de cada um dos possíveis candidatos:
CIRO GOMES
Caminha para sua 4ª candidatura a presidente.
Pelo PDT, tem tentado conversar com quase todos os partidos da centro-esquerda e direita moderada.
Sua rivalidade com o PT, porém, segue forte e mostra-se como um dos principais desafios para que o pedetista alimente sonhos de um 2º turno no ano que vem.
FERNANDO HADDAD
Sem cargo eletivo, Haddad tenta manter presença na cena política por meio de posicionamentos mais “ácidos” nas redes sociais contra o Governo Federal.
Parte do PT ainda o considera como um candidato viável para 2022, principalmente diante da incerteza a respeito da inelegibilidade de Lula.
GUILHERME BOULOS
Ainda não se sabe a extensão do capital político adquirido por Boulos (Psol) com a sua chegada ao 2º turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 2020, contra Bruno Covas (PSDB).
No entanto, há um consenso de que eu seu nome é a principal novidade da esquerda de alcance nacional nos últimos anos.
JAIR BOLSONARO
Apesar de desgastes constantes e da crescente rejeição, como apontam as pesquisas, Bolsonaro ainda é considerado favorito para 2022.
A principal aposta dos bolsonaristas é na fragmentação da oposição.
A análise é que dificilmente haverá acerto entre a centro-direita, representada por João Doria, Rodrigo Maia e Sérgio Moro, e esquerda de PT, PDT e Psol.
JOÃO DORIA
O governador de São Paulo tem a seu favor os louros da Coronavac, simbolizados pela foto da 1ª vacina contra a covid-19 aplicada no país.
Seu papel de embate constante com Bolsonaro também lhe confere um pouco mais de simpatia dentro da centro-esquerda, usualmente muito avessa ao seu nome.
Porém, os planos presidenciais de Doria podem ser prejudicados pela sua dificuldade de aglutinar apoios dentro do seu próprio partido, o PSDB.
LUCIANO HUCK
O apresentador ainda não confirmou se pretende disputar a presidência no ano que vem, mas articula nos bastidores.
No entanto, pegou mal a informação divulgada no início do ano de que avalia não se candidatar caso ganhe o horário de Faustão aos domingos na Globo.
LUIZ HENRIQUE MANDETTA
A candidatura do ex-deputado federal pelo Mato Grosso do Sul e ex-ministro da Saúde também não ganhou materialidade ainda.
A opinião de vários políticos mais experientes é de que ele obtenha, no máximo, uma posição coadjuvante dentro de alguma chapa mediana com o capital que adquiriu ao confrontar o presidente no ano passado.
LULA
A situação de Lula às vésperas de 2022 guarda muita semelhança com o que ocorreu em 2018.
Ainda muito poderoso eleitoralmente, apesar da proporcional rejeição, o ex-presidente vive na expectativa de decisões judiciais favoráveis.
Agora, trabalha para anular decisões que o condenaram com base em mensagens de texto comprometedoras trocadas entre membros do Ministério Público e do Judiciário.
Caso obtenha sentenças favoráveis, retoma seus direitos eleitorais.
MARINA SILVA
Outra dissidente do petismo, Marina já sinalizou que pretende apoiar Ciro Gomes em 2022.
Dessa maneira, ela indica que não tentará uma 4ª candidatura à Presidência.
Em 2018, teve seu pior resultado, com menos de 1% dos votos.
SERGIO MORO
Rejeitado na esquerda pela sua criticada atuação na Operação Lava Jato e abandonado pela extrema-direita após o rompimento com Bolsonaro, Moro vive uma situação diferente daquela que experimentava no auge da sua popularidade, em meados de 2018.
Sem a força da magistratura e sem cargo, o ex-juiz agora vê questionada a sua atuação no setor privado em defesa de empresas investigadas por corrupção.
No entanto, líderes partidários avaliam que, apesar da Presidência ser um sonho distante para Moro, sua popularidade entre parcela significante do eleitorado ainda poderia lhe render, com tranquilidade, uma cadeira no Senado.
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