Insatisfeitos com as medidas de restrição adotadas em Aparecida de Goiânia para combate à covid-19, moradores decidiram se juntar para articular ações por maior flexibilização das atividades na cidade.
O grupo foi autodenominado União dos Moradores, Comerciantes, Empresários e Trabalhadores do Comércio de Aparecida (UMCETCA).
Por meio das plataformas do Instagram, Facebook e Whatsapp, os integrantes discutem as medidas tomadas pela Prefeitura de Aparecida, como o recém anunciado escalonamento por macrorregiões.
Entre os argumentos citados por eles contra o rodízio é o fato de que ele incentivaria moradores de determinados bairros a se locomoverem para as regiões abertas, ocasionando “congestionamentos, filas e aglomerações”.
Ao contrário disso, eles pedem o fim das restrições e a aplicação apenas dos protocolos de distanciamento, máscaras e álcool em gel.
MP
A posição é diferente do entendimento adotado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Em entrevista à Rádio Sagres na manhã desta 2ª feira (15), o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, afirmou que estudará o embasamento científico adotado pelos municípios de Anápolis e Aparecida para flexibilizarem as medidas restritivas.
Até o último final de semana, Aparecida vinha seguindo os decretos de isolamento da capital.
“É óbvio que uma ação direta de inconstitucionalidade permite esse controle e até a cassação desse decreto. Então nós vamos usar todos os meios possíveis para que a avaliação seja feita do ponto de vista técnico-científico”, afirmou o procurador-geral.
Esclarecimento
Por meio de comunicado, a Prefeitura de Aparecida afirmou que “o modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional é semelhante ao modelo 14 por 14 dias”.
Segundo a nota, as medidas adotadas pelo município suspendem “praticamente tudo” nos dias de semana, inclusive supermercados, com exceções mínimas.
Leia:
“O Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 em Aparecida de Goiânia esclarece que o modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional é semelhante ao modelo 14 por 14 dias. Considerando um ciclo de 28 dias, cada macrozona vai fechar 14 dias também. Além disso, várias atividades econômicas não essenciais estão com as atividades suspensas, independente do escalonamento regional.
O escalonamento regional praticamente suspende tudo entre segunda e sexta-feira – até supermercados. As exceções ao escalonamento são mínimas e todos devem seguir o rigoroso protocolo de segurança sanitária.
O nível de restrições é ditado pela Matriz de Risco. São quatro estágios de risco: estável (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) e altíssimo (vermelho). Atualmente, Aparecida encontra-se no estágio de risco alto – laranja.
Fiscalização, previsibilidade e adesão da população são indicadores da aprovação do isolamento social intermitente por escalonamento regional.
O Comitê Prevenção e Enfrentamento à pandemia em Aparecida ressalta ainda que o isolamento social intermitente se soma aos esforços da Secretaria de Saúde de Aparecida para conter a doença.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria de Saúde, com a sua estratégia de enfrentamento à pandemia, desde março de 2020, baseada nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), tem cumprindo os esforços para combater a doença e preservar vidas.
A Prefeitura testa, monitora e cuida. Com testagem em massa – já fez mais de 200 mil testes RT-PCR – e segue testando acima de 1000 pessoas por dia, monitorando os casos ativos para evitar internação e ampliando leitos hospitalares e ampliou pra mais de 320 leitos hospitalares sendo 140 UTls.
Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida é formado por membros da Prefeitura de Aparecida; da Câmara Municipal de Vereadores; e dos demais segmentos como Ministério Público Estadual; Defensoria Pública do Estado de Goiás; Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia – ACIAG/GO; Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás – FECOMÉRCIO-GO; Federação das Indústrias do Estado de Goiás – FIEG; Tribunal de Contas do Município; Ordem dos Advogados do Brasil; Hospital São Silvestre; Hospital Santa Mônica; Conselho das Associações de Moradores de Aparecida de Goiânia – CAMAP; e Representantes do Segmento Religioso.”
Manifestante atrapalha reportagem ao vivo de protesto em Goiânia
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