O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi absolvido pela Justiça de Goiás das acusações de peculato e abandono de cargo público. Ele respondia a um processo na 7ª Vara Criminal de Goiânia acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter recebido R$ 164,4 mil do governo estadual goiano sem trabalhar.
Veja na íntegra a reportagem publicada no Portal Brasil 247:
Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, Delúbio, que foi professor de Matemática da rede estadual de ensino goiana entre 1976 e 2012, teria se beneficiado de duas licenças supostamente ilegais. Uma entre 1994 e 1998 e outra entre 2001 e 2005. As investigações, entretanto, começaram apenas em 2005. O MPE alegou na época que Delúbio conseguiu essas licenças com base em “informações falsas”.
Entretanto, o juiz da 7ª Vara Criminal de Goiânia, José Carlos Duarte, determinou a extinção do processo de Delúbio na acusação de abandono de cargo público e julgou improcedente a acusação de peculato (quando o funcionário público se apropria de bens públicos ou recebe ilegalmente vencimentos do Estado). A decisão foi tomada na quarta-feira da semana passada, mas entrou no trâmite processual apenas na última segunda-feira.
Histórico
Em 2005, Delúbio foi alvo de um procedimento administrativo iniciado em 2005, mas concluído somente no ano passado, durante o julgamento do mensalão. Após o procedimento administrativo, Delúbio foi exonerado do cargo por abandono de função. A defesa do petista sempre argumentou que as licenças obtidas eram legais.
Delúbio está preso na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, cumprindo sua condenação no julgamento do mensalão de seis anos e oito meses pelo crime de corrupção ativa em regime semiaberto. Segundo o seu advogado, Sebastião Ferreira Leite, o petista foi comunicado segunda-feira da decisão da Justiça goiana.
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