Evidências da Operação Lava Jato divulgados nessa terça-feira (22) pelo juiz Sérgio Moro apontam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. Documentos apreendidos pela Polícia Federal implicam nomes como de Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
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De acordo com postagem do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, o material é baseado em planilhas de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, conhecido como “BJ”, apreendidas na 23ª fase da Lava Jato, batizada de “Acarajé” e realizada no dia 22 de fevereiro.
Os documentos citam nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos. Confira algumas dessas alcunhas elaboradas pelos operadores da Odebrecht:
Jaques Wagner: Passivo
Eduardo Cunha: Carangueijo
Renan (Calheiros): Atleta
José Sarney: Escritor
Eduardo Paes: Nervosinho
Humberto Costa: Drácula
Lindbergh Farias: Lindinho
Manuela D’Ávila: Avião
As planilhas, ainda que cheias de detalhes, não são consideradas provas cabais de caixa 2. Os valores citados, muito acima das doações declaradas pelos políticos, serão investigados pela PF.
Delação
Depois de anunciada a decisão do Grupo Odebrecht de firmar acordo de delação premiada com a Lava Jato, muitos parlamentares estão apreensivos na Câmara dos Deputados. Fora dos microfones, muitos admitem que “poucos sobrarão”, visto que a empreiteira manteve relação com quase todas as forças políticas.
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