A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, defendeu a legalização do aborto como forma de preservar a saúde da mulher e até mesmo reduzir a prática. No município de São Gonçalo (RJ), onde Luciana esteve, uma mulher morreu após fazer um aborto clandestino aos cinco meses de gestação. Elisângela Barbosa, de 32 anos, era moradora da cidade e morreu no último domingo, 21, em um hospital público, após ter feito o procedimento em uma clínica clandestina, no município vizinho de Niterói.
Exemplo
A candidata citou o exemplo do Uruguai como solução possível para a questão. “A legalização diminui o número de abortos e zera o número de mortes. O sistema público no Uruguai criou uma lei que permite à mulher fazer o aborto gratuitamente, mas, antes dela fazer isso, recebe um acolhimento, em que vai ter apoio psicológico e material, no caso dela querer ter o filho”.
Segundo a candidata, muitas mulheres recorrem ao aborto em um ato de desespero. “Não encontram apoio do parceiro, nem da família e acabam se desesperando. Se houver um sistema público que acolha essa mulher, dando a ela uma escolha, o número de abortos pode cair e, principalmente, zerar o número de mortes de mulheres”.
Luciana fez questão de frisar que não é a favor do aborto como política de contracepção. “Ninguém está defendendo o aborto como método contraceptivo. Ninguém está dizendo que o aborto é uma coisa boa, que é a melhor alternativa. Muito pelo contrário. Nós queremos reduzir o número de mortes e o número de abortos. E a melhor forma de fazer isso é por meio da legalização e do oferecimento de um acolhimento à mulher que está diante de uma gravidez indesejada”.
(Agência Brasil)
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