O ex-governador Marconi Perilo (PSDB) foi preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta-feira, 10.
A prisão ocorreu enquanto ele prestava depoimento à PF na Operação Cash Delivery, que investiga pagamento de propinas em campanhas eleitorais.
De acordo com informações preliminares, a visita estava marcada para as 15h, em Goiânia.
Mas, na tentativa de evitar a imprensa, o ex-governador teria chegado duas horas mais cedo e entrado pelos fundos.
Marconi é suspeito de receber R$ 12 milhões propina de empreiteiras nas eleições de 2010 e 2014.
Sua defesa havia solicitado para que o depoimento só fosse realizado depois das eleições, no último domingo, 7.
Marconi disputou uma das duas vagas de Goiás ao Senado, mas não atingiu votos suficientes.
Defesa de Marconi Perillo
Por meio de nota, a defesa do ex-governador afirmou estar “indignada com o decreto de prisão na data de hoje”.
Confira a íntegra da nota de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, famoso advogado de Brasília:
“A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje.
O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores.
O novo decreto de prisão é praticamente um ‘copia e cola’ de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1.
Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento.
Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados.
A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham contemporaneidade.
Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos.”
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