O candidato a governador pelo PSDC, Alexandre Magalhães, observa que a população está insatisfeita com o governo do Estado e faz denuncia grave
Por Francisco Costa
Definir candidato parece ser uma tarefa difícil para alguns partidos. Bem, este não é o caso do Partido Social Democrata Cristão (PSDC). A sigla já havia definido seu candidato, Alexandre Magalhães, como o representante na disputa ao governo do Estado de Goiás mesmo antes das convenções.
Apesar de nem aparecer nas pesquisas anteriores, Alexandre se diz otimista e garante que fará barulho. “Lançamos a candidatura recentemente, enquanto os outros candidatos vinham fazendo campanha há muitos anos, o que não pode”.
Ainda sobre as pesquisas, o candidato do PSDC afirma estar tranquilo, pois o número de indecisos é expressivo. “Se estão indecisos é porque não querem votar nas opções. Quando a pesquisa apresenta o nome do atual governador e dos demais candidatos que estão aí, e a pessoa ainda está indecisa, é porque não querem aquelas opções. Esse é o motivo de não ter medo de pesquisa”, garante o candidato do PSDC.
Ousadia
Nascido e criado no Setor Coimbra, bem ao lado do Bueno, Alexandre não teme o desafio de partir direto para a disputa de governador. Há dois anos no PSDC, o candidato reconhece a dificuldade de apresentar um nome ainda pouco conhecido, ou nem conhecido, no cenário político goiano à população, mas cita as novas tecnologias como meio facilitador.
“Hoje o mundo está muito rápido, muito globalizado. Antigamente isso demorava mais, porém com a internet e redes sociais as coisas ficaram mais fáceis. Assim que o nome começa a aparecer na mídia, as pessoas começam se questionar”.
Oposição
“Por que sair como um candidato novo, como uma opção diferente, ao invés de simplesmente me aliar à oposição?”, indaga o próprio Alexandre, já com a resposta na ponta da língua: “Nunca fui político, mas tenho um pouco de política no sangue como todo brasileiro”, brinca.
“Porém, por não ter sido político, isso me fortalece, por não ter vínculos com essa sujeira que estamos presenciando das políticas”, afirma. Outro ponto que, para Alexandre, inviabiliza uma união seriam as “panelinhas” que já existem nos partidos maiores. “As siglas já têm o pessoal deles e não quero me envolver. Quero fazer uma campanha voltada à família, pro cidadão, sem rifar o Estado. Não quero ser eleito às custas de qualquer coisa”.
Governo
Alexandre afirma que não fará do Estado um cabide de emprego. O político informa que sua proposta é trabalhar em Goiás como se fosse uma empresa. Ele quer traçar um plano a longo prazo, para deixar herança que possa ter continuidade quando sair do cargo.
“Nós temos um Estado maravilhoso. Temos que fazer um planejamento de governo não para quatro anos, mas para cinquenta, cem. Não quero sentar em uma cadeira pública para me promover daqui a quatro anos”, reforça.
De acordo com Alexandre, os atuais gestores pensam no nariz deles. Segundo o candidato do PSDC, eles fazem um projeto para quatro anos e, no momento de eleição, prometem mais para os próximos quatro, apenas para se eleger ou reeleger. “Não quero fazer obras eleitoreiras, inaugurações em construções pela metade em véspera de eleição”, diz Magalhães, que também explicita que no mínimo 30% do dinheiro público é jogado fora sem dó.
O candidato denuncia que o governo precisou fazer acordos com vários partidos e, então, fatiar o Estado. “Com isso, a máquina pública engordou. Houve excesso de comissionados e gastos excessivos”.
Segurança pública
Um dos pontos destacados por Alexandre é a segurança pública. O candidato afirma que hoje somos prisioneiros em nossa casa e, por isso, vai investir maciçamente em segurança. “Temos cachorros, cerca elétrica, câmeras de filmagem, muros altos”.
Para ele é necessário investir em equipamento, infraestrutura, pessoal e qualificação. “Existe uma rixa entre Polícia Militar, Civil e Bombeiros. Não é possível unificar, pois isso deve ser feito a nível nacional, mas criar mecanismos para realizar uma formação em conjunto seria possível. Isso criaria uma camaradagem entre eles”.
Por que candidato
Ele explica que o PSDC lançou sua candidatura por sentir da população de Goiás um ar de insegurança, além de um desejo de renovação. “Vemos uma insatisfação não só em relação ao governo do Estado, como também do federal”, diz Alexandre.
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