O deputado estadual major Araújo (PRP) tinha publicado uma série de vídeos com mensagens contra o governador Marconi Perillo (PSDB). Porém, há alguns dias o juiz Ricardo Teixeira Lemos, da 7a Vara Cívil, acatou liminar do tucano e definiu que as publicações do deputado fossem apagadas.
Além disso, o major Araújo foi condenado por danos morais. O juiz determinou, ainda, que o deputado se abstenha de fazer alegações semelhantes em suas redes sociais e em qualquer outro meio de comunicação.
Marconi alegou ter sua honra ofendida pelo parlamentar, “utilizando-se de termos injuriosos, caluniosos e difamatórios, imputando a este fatos ofensivos a sua reputação e a sua dignidade, tanto como cidadão como pessoa pública”. Dentre as ofensas, major Araújo acusa o governador de “corrupto, ladrão e bandido”.
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Major Araújo
Em sua fanpage, o deputado compartilhou a chamada de capa do Diário da Manhã (22/01/2016), que dizia “major Araújo terá que apagar vídeo ‘ofensivo’ a Marconi” e comentou: “Ofensivo é o que este cidadão tem feito aos goianos.”
Em entrevista, também compartilhada em sua fanpage, o político disse que não vai se intimidar. “Vou fazer oposição séria e mostrar para a sociedade goiana a realidade do Estado”, e completou: “Tenho advogado para me defender. Sei o tamanho do meu adversário na Justiça.”
Sem surpresa
Procurado pelo Folha Z, major Araújo disse que não se surpreendeu com a decisão da Justiça de Goiás. “Principalmente, quando envolve o nome do governador”, mas garantiu que não irá recuar. “Essa decisão foi equivocada e aparentemente construída nos bastidores. Tenho certeza que nas instâncias superiores teremos êxito.”
Conforme o deputado, no lugar do governador ele não faria isso, pois essa atitude mais o prejudica que ajuda. “A postura do governador é ridícula. É um ditador, sempre foi e as pessoas estão vendo. Até perante a base ele tem essa postura”, afirma.
Major Araújo acredita que esse processo não é para intimidá-lo, mas para assustar outros, para que eles não confrontem o governador. Para o deputado, a Assembleia deveria ter se manifestado. “Não é uma pessoa sendo censurada. É um poder.”
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