O senador Ronaldo Caiado questionou a posição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que a presidente da República, Dilma Rousseff, não pode ser investigada durante o exercício do seu mandato, no caso do Petrolão.
Carta Magna
Caiado argumentou que não existe nenhum artigo na Constituição Federal que proíba essa ação. E mais: mostra que a Carta Magna é clara em determinar que todos os que zelam pelo patrimônio público devem agir com transparência e estão passíveis de ser responsabilizados quando houver indícios e provas de desvios.
“Não existe qualquer artigo, inciso ou parágrafo que exclua quem quer seja da investigação. Essa tese defendida pelo procurador-geral da República e pelo ministro da Justiça carece de respaldo constitucional. Nossa Constituição republicana preza por exigir transparência de todos os atos e da responsabilização de todos os que zelam pelo patrimônio público. Esse é o fundamento da Constituição que o Brasil com competência soube redigir e aprovar em 1988”, disse, em discurso no plenário do Senado.
Apagar as digitais dos crimes
O parlamentar lembrou que a tese de Janot e Cardozo sobre a Dilma ganhou força após a divulgação da lista de parlamentares investigados. E afirmou que todas as atitudes de Dilma buscaram apagar as digitais dos crimes cometidos na Petrobras.
“Pergunto: quando existe crime, quais são as primeiras providências? Cercar o local, chamar a polícia técnica e científica e buscar os indícios, provas porque no decorrer do tempo as provas desparecem. É importante que possamos investigá-la para saber se existe a conivência a utilização do mandato na manutenção de uma diretoria que tem o objetivo de apagar as digitais, indícios ou provas daquele escândalo de corrupção praticado na Petrobras”, pontuou.
Capa da Veja
Ronaldo Caiado ainda lembrou a capa da revista Veja em que tratava da delação de Alberto Youssef sobre o conhecimento de Dilma e Lula sobre o esquema do Petrolão. E como naquele momento, pré-eleição, os filiados e militantes do PT prontamente se mobilizaram para depredar o prédio da Editora Abril.
“Uma revista de repercussão nacional estampou a delação em que o doleiro diz que revelou a Polícia Federal em que Dilma Rousseff e Lula tinham conhecimento das benesses, do escândalo na estatal. Isso provocou ação direta do exército do Lula, do Stédile, para agredir a Veja, quebrar o prédio da Veja, que foi execrada como se estivesse fazendo campanha ao candidato da oposição. Vivemos um momento delicado”, disse.
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