O deputado federal Delegado Waldir Soares oficializou sua candidatura a prefeito de Goiânia em convenção do Partido Republicano (PR), realizada no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) na noite desta quarta-feira (4). Sua postura e trajetória de popularidade fez com analista o comparasse a Iris Rezende no início de sua carreira política.
Para se ter uma noção da grandeza da popularidade e do carisma de Waldir, as presenças do ministro dos Transportes, Maurício Quintella e da deputada federal Magda Mofatto (ambos do PR) foram ofuscadas pelo delegado, ovacionado pelo público de mais de mil pessoas.
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Em sua fala, espontânea como de costume, Waldir reiterou que quer formar uma equipe com técnicos em todas as pastas da sua administração. Dessa maneira, o candidato quer evitar as famosas “dívidas de cargos”.
Ele também falou sobre uma das maiores críticas à sua candidatura, que seria a falta de uma experiência necessária para o comando da cidade. Waldir lembrou que a maioria dos seus principais adversários (Adriana Accorsi, Vanderlan Cardoso e Luiz Bittencourt) também não têm no currículo a administração de uma grande capital como Goiânia e pontuou: “A experiência da corrupção e dos funcionários fantasmas eu não tenho mesmo e nem quero ter”.
Motovia
Entre suas propostas que mais chamaram a atenção está a “motovia”, faixa exclusiva para motocicletas. A justificativa do deputado é o fato de que a frota desses veículos em Goiânia é uma das maiores do país. Medida semelhante foi implantada em Petrolina (PE) com objetivo de reduzir o número de acidentes e dar mais fluidez ao trânsito.
Comunicação
Um detalhe interessante da campanha do delegado é a sua equipe de comunicação, composta por profissionais jovens e especialistas nas novas possibilidades das redes sociais, ferramenta muito utilizada pelo deputado na construção da sua figura política.
Apoio
Depois de deixar o PSDB, Waldir tinha pouco ou nenhum apoio no legislativo municipal. Mas sua base agora conta com os vereadores do PR Paulo Borges, Misair Lemes Jr., Felisberto Tavares, Jorge do Hugo e Izídio Alves.
Muitos políticos, inclusive do PR, no passado já criticaram duramente o delegado, mas, como seu nome é o primeiro nas pesquisas e próximo de ser o novo prefeito de Goiânia, agora passam a chamá-lo até de “pedra preciosa da política”.
Análise
Para o editor do Folha Z e analista político Guilherme Coelho, Waldir não é bobo e muito menos doido, como dizem. “Mas, ainda assim, preferiria um prefeito doido, honesto e trabalhador do que um que se diz sério, todo engomadinho e engravatado, e na primeira oportunidade assalta os cofres públicos”, comentou.
Segundo ele, o seu amigo de longa data Luiz Bittencourt (PTB) equivocou-se em uma fala recente. “Waldir não é Trump: é o novo Iris do Cerrado. É humilde, carismático, dedicado à mudança e tem visão ampla do que acontece ao seu redor, assim como o jovem Iris Rezende, que conquistou os goianos desde a década de 1960”, analisou.
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Czepak
Coelho também disse discordar de uma análise recente feita pelo colunista do Folha Z Rodrigo Czepak, mas destacou a pluralidade de visões necessária dentro de um veículo de comunicação. Confira a opinião de Czepak publicada no dia 1º de agosto na coluna JOGO LIMPO:
“Já o delegado Waldir continua abusando da ingenuidade, ou melhor, da ignorância. A sua força eleitoral é indiscutível após os 270 mil votos obtidos em 2014, mas isso não garante ao “Enéias de revólver” falar o que bem entende e colecionar tantos adversários em tão pouco tempo de vida pública. Por esses rompantes já foi parido do PSDB, a mando do governador Marconi Perillo, e deve entrar na disputa bastante desidratado, sem contar com as sequelas no relacionamento com a deputada federal Magda Mofatto, a dona do galinheiro do PR.”
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