Tem início o bombardeio midiático. Solenidades em Goiânia e no interior estão vendendo o potencial do programa Goiás na Frente como grande indutor de desenvolvimento para os 246 municípios. De olho nas eleições de 2018, o governador Marconi Perillo e o seu pré-candidato José Eliton apostam todas as fichas no resgate de antigos compromissos com aliados, muitos deles assumidos ainda na campanha eleitoral de 2010. Resta saber se o impacto da aplicação de R$ 6 bilhões em obras – número oficial divulgado pelo governo – será capaz de reverter o momento negativo nas pesquisas de opinião pública
Apesar do clima festivo entre autoridades palacianas e prefeitos, o cidadão comum está como São Tomé: esperando ver para crer no resultado final. Alguns trechos de recuperação e pavimentação de rodovias, a construção de novos Credeq’s (centros para portadores de dependência química) e o término do Centro de Convenções de Anápolis são exemplos de benefícios que estão bem perto de se transformar em lendas administrativas. Isso mesmo. Foram tantos anúncios de paralisação e retomada dos serviços que até o mais fanático tucano tende a comemorar a entrega da obra com moderação. O momento é de 8 ou 80 para o governo. Trocando em miúdos: trazer o benefício da propaganda para a vida real de milhares de goianos.
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As solenidades do programa Goiás na Frente estão repletas de discursos otimistas e gigantescos cheques com os valores das obras. Tudo dentro da normalidade do script oficial. A grande incógnita fica por conta do resultado prático desta ação administrativa nos índices de avaliação do governo. O ciclo de 20 anos no poder – cinco vitórias consecutivas do grupo liderado por Marconi Perillo – representa até o momento um enorme peso para os tucanos. Pesquisas quantitativas e qualitativas sinalizam o desejo de mudança por parte da maioria do eleitorado. Hoje, o maior desejo da dupla Marconi/Ze Eliton é voltar a publicar pesquisas de institutos sérios nos jornais. Seria o primeiro sinal de que o programa de obras realmente entrou nos trilhos da aprovação popular. Enquanto isso não acontece, o clima de desconfiança continuará pairando no ar.
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