Presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) desde março deste ano, Waldir de Oliveira – ou Delegado Waldir – assumiu o órgão em situação de “casa mal-assombrada”.
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A definição foi dada pelo próprio gestor, em entrevista ao programa Papo Aberto, da rádio Nova Bethel FM, com participação do jornalista Guilherme Coelho, da Folha Z.
Durante a conversa, Waldir destacou a necessidade de enfrentar os principais problemas do órgão, principalmente ligados a desvios e corrupção.
“A primeira prisão da história do Detran foi feita nessa semana. Fizemos afastamento de cerca de 100 servidores, todos envolvidos em corrupção”, explicou.
Choque de gestão
Segundo o Delegado Waldir, atualmente o Detran passa por um “choque de gestão” focado em resolver questões fundamentais para funcionamento do órgão.
O desafio, no entanto, vai além de questões administravias e inclui a necessidade de investigações e uma rotina de ameaças frequentes ligadas aos serviços.
“Para estar no Detran, tem que ter coragem”, destacou o presidente, revelando que os dois últimos gestores do órgão, já no governo de Ronaldo Caiado, foram ameaçados de morte.
De acordo com o exposto pelo Delegado, os ex-presidentes Marcos Roberto Silva e Eduardo Machado sofreram ameaças de morte.
Marcos, inclusive, chegou a ter o carro metralhado quando estava no trânsito.
Sem receios
Diante do cenário, o Delegado reconhece o risco da posição e as dificuldades que os antecessores passaram, mas garante estar preparado para o enfrentamento da situação.
“Entendo porque não quiseram mexer em vários núcleos no Detran, mas eu não tenho o menor receio”, explicou.
“Para mim, quando pior estiver, melhor, pois é quando se resolve que ganha destaque”.
Waldir comentou ainda que, nesse primeiro momento, as ações de investigação cumpriram a missão de “passar a foice no câncer”, para que uma nova fase permita maior aprofundamento no órgão.
“Num segundo momento, vem as investigações da Polícia Civil, que vão resultar em mais prisões”, projetou.
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