Após se reunirem na Câmara Municipal de Goiânia na última 2ª feira (6), o grupo encabeçado pelo presidente Romário Policarpo (Patriota) subiu o tom contra o líder do bloco Vanguarda, Igor Franco (SD), e suas iniciativas contra partidos que descumpriram a cota de gênero nas eleições de 2020.
Durante toda a sessão desta 3ª feira (7), parlamentares criticaram as ações e denunciaram uma suposta interferência do líder do grupo ao longo do processo.
Denúncia na tribuna
O vereador Pastor Wilson, filiado ao PMB – um dos partidos que respondem por descumprimento da cota – subiu à tribuna para apresentar um áudio supostamente feito por um assessor de Igor.
Segundo o parlamentar, o áudio chegou às suas mãos durante a reunião da última 2ª (6).
No áudio, é possível ouvir um suposto servidor do município que afirma que o vereador Igor Franco mexeu os “pauzinhos” nas ações por cota de gênero.
“Ele vai se reunir para forçar a barra com o prefeito. Se for preciso, ele vai agilizar mais rápido a cassação de alguns vereadores que estão atrapalhando ele. Dinheiro ele tem. A família dele tem demais. Só na última ação, ele foi lá e pagou R$ 1 milhão“, disse um suposto assessor no áudio interceptado.
Pastor Wilson registrou o áudio e a conversa num cartório da capital e afirmou que o conteúdo é muito grave.
“Toda vez que ele vai a Brasília caem 2? Não podemos aceitar isso, é uma afronta aos vereadores”, criticou.
Além do Pastor, outros membros da base também comentaram as denúncias e pediram a união de forças contra Igor Franco e em defesa dos vereadores.
O que diz o líder do bloco Vanguarda?
Igor Franco disse em nota que as acusações feitas pelo Pastor Wilson são “levianas” e repudiou a denúncia.
Sobre o áudio apresentado durante a sessão, o líder do bloco afirmou que se trata de uma fala de um servidor efetivo da Prefeitura de Goiânia que teria feito “ilações inverídicas e levianas” de que Igor Franco pagaria R$ 1 milhão por cada cassação.
O áudio, segundo ele, é do ano passado.
“Tal acusação requentada, lastreada em áudio do ano passado, referindo-se inclusive à decisão de cassação do Cidadania”, acrescentou.
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