Líderes e representantes de entidades da Polícia Militar de Goiás emitiram nota repudiando a propaganda política do candidato Iris Rezende (PMDB) que criticava a atuação das forças policiais em Goiânia.
A nota foi uma resposta a afirmações de Iris como a de que Goiânia seria a 29ª cidade mais violenta do mundo. Os represantes argumentam que o dado não é confiável: “Não há um estudo sério, feito por instituições nacionais, que aponte tal realidade. Ao contrário: o Mapa da Violência e o Anuário da Segurança demonstram que nenhum dos 246 municípios goianos estão entre os 50 mais violentos do país”.
Ainda segundo o texto, “graças à ação de cada policial militar e a esse conjunto de iniciativas, Goiás reduz de forma gradativa e consistente os índices de criminalidade em todo o Estado, na capital e no interior”.
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A nota de repúdio teve a assinatura do comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves, do comandante de Policiamento da Capital, tenente-coronel Ricardo Rocha Batista, do presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, sargento Gilberto Cândido de Lima, do presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, subtenente Luís Cláudio Coelho de Jesus, e do presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Ubiratan Reges de Jesus Júnior.
Leia a íntegra do texto:
“NOTA DE REPÚDIO
Nós, subscritores da presente nota, lamentamos, profundamente, o baixíssimo nível da campanha eleitoral em Goiânia, que entra para a história como a mais suja e mentirosa de todos os tempos, resultado de uma prática política arcaica e atrasada que nada contribui para a democracia brasileira.
De maneira incisiva, no que diz respeito à segurança pública, REPUDIAMOS a propaganda eleitoral do candidato Iris Rezende que, deliberadamente, distorce fatos, mente e atenta contra a paz social.
No debate, Iris afirmou que Goiânia seria a 29ª cidade mais violenta do mundo: mentira. Não há um estudo sério, feito por instituições nacionais, que aponte tal realidade. Ao contrário: o Mapa da Violência e o Anuário da Segurança demonstram que nenhum dos 246 municípios goianos estão entre os 50 mais violentos do país.
O candidato Iris não fala que, em sua época, o policial recebia menos que um salário mínimo (o pior vencimento do país). A diferença era paga a título de complementação salarial. Naquela época, o salário mínimo correspondia a menos de cem dólares. Os atrasos nos pagamentos eram constantes. Não havia qualquer política de valorização das polícias; o efetivo utilizava armamento de segunda mão, os revólveres carioquinhas; a frota era composta por veículos sucateados e permanentemente sem combustível.
Por outro lado, a Polícia Militar de Goiás tem feito todos os esforços para promover a segurança pública. Reconhecemos que os investimentos em inteligência, investigação e inovação tecnológica são os maiores da história. Goiás é o primeiro estado brasileiro a editar uma legislação protetiva da atividade policial. Os equipamentos à disposição do efetivo são os mais modernos do país e em permanente atualização.
Graças à ação de cada policial militar e a esse conjunto de iniciativas, Goiás reduz de forma gradativa e consistente os índices de criminalidade em todo o Estado, na capital e no interior.
Na comparação entre setembro deste ano e igual período de 2015, em Goiânia o número de homicídios teve queda de 25,45%. Houve ainda redução nos casos de furtos a transeuntes (-40,37%); furtos em comércio (-33,84%); furtos de veículos (-29,77%); estupros (-28,57%); roubos de veículos (-19,91%); tentativas de homicídios (-11,94%); roubos a transeuntes (-10,45%); e furtos em residências (-8,4%). Latrocínios mantiveram-se estáveis. Únicos crimes que apresentaram oscilação positiva foram roubos ao comércio e em residências.
O candidato Iris diz que Goiânia apresenta recorde de homicídios: mentira. Os registros na capital e no Estado observam uma redução significativa, sendo que, no mês de julho, houve o menor número de homicídios no Estado dos últimos quatro anos. Lamentavelmente, o candidato também aponta números relativos a roubo de veículos sem qualquer correspondência com a realidade, conforme acima demonstrado.
Com esse comportamento, Iris ataca não o candidato Vanderlan, mas cada policial militar que age em favor da sociedade com muito zelo, determinação e espírito público. Nós, subscritores da nota, não vamos permitir essa violência e afronta, baseadas em mentiras, com o único objetivo de alcançar o poder.
É necessário que os agentes públicos mudem a forma de fazer política, de tal forma que a verdade e as propostas sejam o foco de uma campanha, e não as mentiras e os ataques, práticas de políticos do passado que se preocupam apenas com o poder, e nunca com a sociedade.
Coronel Divino Alves
Comandante-geral da Polícia Militar de Goiás
Tenente-coronel Ricardo Rocha Batista
Comandante de Policiamento da Capital
Sargento Gilberto Cândido de Lima
Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Subtenente Luís Cláudio Coelho de Jesus
Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
Tenente-Coronel Ubiratan Reges de Jesus Júnior
Associações dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar”
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