Que Rogério Ceni é um ídolo e um dos maiores jogadores da história do São Paulo, isso não há como negar, como também é inegável que o goleiro tem manchado o fim da carreira com atuações ruins, falhas constantes e, porque não, com um egoísmo invejável.
Ceni merece todos os elogios possíveis. Há mais de 20 anos defende o gol tricolor. Uma raridade nos tempos atuais. Venceu grandes campeonatos e chegou a disputar até Copa do Mundo (não como titular), mas esteve presente no elenco campeão.
Quebrou todos os recordes como batedor de faltas e pênaltis para um jogador da sua posição. Deixou Chilavert para trás e rompeu a marca dos 100 gols na carreira. Para um goleiro, é uma marca memorável.
Hora extra
Mas, como todo jogador, a hora mais difícil é a de parar. E Rogério Ceni, aos 42 anos, já faz hora extra no gol tricolor.
A idolatria dos torcedores continua, mas o camisa 1 tem falhado constantemente. Verdade seja dita: a hora chegou e a idade está pesando.
Nesta temporada, o goleiro já tomou muitos gols defensáveis e que há tempos atrás com certeza não levaria. E tomou gols assim em jogos importantes.
No clássico contra o Corinthians, pela Libertadores, falhou no gol de Jádson e nesta quarta-feira, dia 25, levou de Robinho, do Palmeiras, um gol que mostra como Ceni definha embaixo das traves. Saiu errado, demorou a voltar e tentou um golpe de vista quando não devia. Obviamente que não vou tirar os méritos do jogador. Ele foi ousado e preciso.
As faltas já não tem entrado como antes e os pênaltis também, principalmente, contra Cássio, o camisa 1 corintiano.
Ceni foi reserva um dia. Amargou banco para Zetti e teve sua chance. Agora, como parte do processo, é a vez de ceder o lugar. Há goleiros jovens e com capacidade que esperam uma chance.
É preciso desfazer o egoísmo. Parar enquanto é lembrado pelos gols, pelas defesas e pelos títulos conquistados.
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