‘O PT tem orgulho de ter apoiado a reeleição de Gustavo’

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Para a deputada estadual Adriana Accorsi (PT), o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, tem bom trânsito com os partidos progressistas, mas terá que se declarar contrário ao presidente Jair Bolsonaro (PL) se quiser contar com o apoio do Partido dos Trabalhadores na sua campanha ao Governo de Goiás.

Ela falou sobre esses e outros assuntos em entrevista à Folha Z.

Confira todos os detalhes da conversa:

Folha Z: A senhora vê Gustavo como alguém que tem bom trânsito com a esquerda?

Adriana Accorsi: Tenho certeza que ele tem bom trânsito entre todos os setores progressistas do Estado de Goiás, uma vez que é um prefeito progressista e democrata e por isso mesmo conta com o apoio do PT nas suas 2 gestões.

Nós não só o apoiamos como fazemos parte da gestão, que tem um olhar social.

Desde 2020, o PT perdeu espaço na gestão de Gustavo Mendanha para dar lugar a outros aliados, especialmente os evangélicos. Há alguma possibilidade de reaproximação a nível administrativo?

Nessa questão de espaço na administração, é normal que haja modificações e que novos aliados sejam contemplados.

O PT apoiou e tem orgulho de ter apoiado a reeleição do prefeito Gustavo e de fazer parte da gestão dele, que é voltada para o povo que mais precisa e teve uma atuação excelente na pandemia. 

Para apoiar o nome de Gustavo em um eventual 2º turno contra Caiado, o PT exigiria que ele se posicionasse publicamente contra Bolsonaro?

Um dos critérios principais, se não o principal, para estarmos juntos de Gustavo Mendanha nessa pré-candidatura ao governo é o posicionamento dele em relação ao Governo Bolsonaro, que para nós é uma grande tragédia para o nosso povo.

É essencial. Não é possível aliança no 1º ou 2º turno com candidato que tenha apoio a Bolsonaro.

E um apoio já no 1º, é possível? Para isso, Gustavo teria que dar palanque e apoio público para o ex-presidente Lula?

Esses debates estão acontecendo agora e eu acredito que nós podemos avançar, mas o PT está preparado para lançar candidatura. Inclusive, temos pré-candidato: o Professor Wolmir Amado [ex-reitor da PUC-GO].

Mas um dos principais critérios seria que, no mínimo, o candidato a governador que nós iremos apoiar não apoie Bolsonaro. E, se possível, manifeste apoio publicamente a Lula. 

Porque nós necessitamos, sim, de um palanque para o nosso candidato [Lula], que está à frente nas pesquisas, e nós estamos lutando para que ele seja eleito no 1º turno. 

Caso [Gustavo] não apoie Lula, nós temos que ter nosso candidato para que ele tenha palanque aqui no Estado.

A senhora toparia assumir algum cargo em um eventual governo Mendanha, como, por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública?

Não estou pensando nesse tipo de convite ou possibilidade de cargo. Meu foco é realizar um trabalho cada vez melhor como deputada. Porque vai ser um ano cheio de desafios, na saúde e na economia. 

Essa é a minha preocupação agora. Assim como minha pré-candidatura a deputada federal.

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