A vereadora Camila Rosa (PSD) vai procurar a polícia para reportar a ocorrência de “assédio moral sofrido no exercício do mandato” contra ela em sessão da Câmara de Aparecida na tarde desta 4ª feira (2).
À Folha Z, ela contou que recebeu muitas ligações, de veículos de imprensa e apoiadores, e teve que desmarcar o restante da agenda desta 4ª para lidar com a situação.
“Todos os dias incentivo mulheres a não se submeterem a nenhum tipo de violência e procurarem a polícia. Então muitas mulheres estão me pedindo para não deixar isso passar”, revelou.
Segundo ela, a ex-vereadora e titular da Delegacia da Mulher de Aparecida, Cybelle Tristão, deu orientações sobre como proceder.
Camila passou mal após discussão
Camila discutiu com o presidente da Câmara, André Fortaleza, e chegou a ter seu microfone cortado.
Em lágrimas, ela abandonou a sessão e foi acompanhada pelo vereador Hans Miller (PSD) até a UPA Flamboyant após se sentir mal em uma crise de hipertensão.
No atendimento médico, foi orientada a tomar um calmante e tentar repousar em casa.
“Segui a orientação, mas preferi tomar só um analgésico, estava com muita dor de cabeça e nas costas, o que é normal após uma situação tão estressante”, afirmou.
A parlamentar contou que recebeu ligações do prefeito Gustavo Mendanha e do vice-prefeito Vilmar Mariano, que demonstraram solidariedade devido ao ocorrido.
André Fortaleza
André Fortaleza, por sua vez, está se recuperando de dengue e afirmou que pretende convocar uma coletiva de imprensa para tratar do assunto assim que estiver melhor.
Mais cedo, ele emitiu uma nota sobre o caso:
“Sobre o debate ocorrido durante sessão ordinária desta quarta-feira, 02, esclareço que em nenhum momento procurei atingir pessoalmente a vereadora Camila Rosa, mas reforcei com veemência que sempre defendi a classe das mulheres, apoiando todos os projetos voltados ao tema. Sempre fui a favor da luta delas e que demonstrei com atitudes e não apenas com discurso. Antes do meu mandato, a Câmara não tinha nenhuma mulher em cargos de chefia e hoje possui quatro. Pela primeira vez na história da Câmara, por escolha minha na presidência, a Mesa Diretora tem em sua composição duas mulheres (vereadoras Valéria Pettersen e Camila Rosa). Criei um instituto que é todo composto por mulheres. Eu apenas afirmei que sou contra cotas, que os direitos e deveres tem que ser iguais, e não que seja contra alguma classe específica, porém tive minha fala distorcida, baseada num sensacionalismo, pois para mim, a mulher deve ser tratada com respeito e igualdade, e não por privilégio de gênero.”
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