A liberdade não é um direito exclusivo dos seres humanos, é um direito que compreende todas as espécies. Ao exercê-lo, é possível notar uma beleza sublime.
Uma notícia recente do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos emitiu a recomendação de libertar os chimpanzés de laboratório, muitos dos quais nunca haviam visto a luz do sol. Essa recomendação se deve a estudos que perceberam que a vida em grupos e em contato com a natureza é melhor para a saúde desses primatas. As informações são do Cambio de Puebla.
O vídeo mostra um comovente momento de êxtase ecológico, quando os chimpanzés são liberados de suas celas no laboratório e têm contato com a natureza pela primeira vez. Há uma mistura de medo, confusão e encanto. Alguns dos animais param por alguns momentos, porque até o contato com a terra é novo para eles; no entanto, sem dúvida alguma, demonstram uma crescente alegria.
No próximo ano, mais de cem chimpanzés deixarão os laboratórios para ir para “Chimp Haven” (Paraíso dos Chimpanzés), um refúgio natural para chimpanzés localizado em Louisiana, nos Estados Unidos.
Situação dos chimpanzés nos Estados Unidos
Após uma vitória da causa animal, com a decisão do Instituto Nacional de Saúde de libertar os chimpanzés explorados em testes, a preocupação se voltou para como estes animais seriam custeados em santuários pelos Estados Unidos. Após terem passado a vida inteira em gaiolas e dentro de laboratórios do Instituto, essa libertação teria sido a vitória perfeita para estes animais já tão abusados, entretanto, a notícia de que 50 deles permaneceriam nas imediações do Instituto e que os custos de sua permanência em santuários também não estavam no orçamento previsto pelo Ato Pela Melhoria da Saúde, Conservação e Proteção dos Chimpanzés, aprovado em 2000 pelo Congresso e que já estaria alcançando seu teto.
O senador Tom Harkim apresentou uma emenda para aumentar o teto do orçamento com o dinheiro já alocado que seria utilizado para os chimpanzés até 2023. Democratas e republicanos já aprovaram a emenda, que precisa passar pela Casa. Assim como o senador, todos do Congresso consideram ser um ato ético e libertador retirar os chimpanzés de sua condição humilhante de exploração e deixá-los viver suas vidas em paz, da maneira que quiserem.
“Agora que o Senado agiu, espero que a Casa dos Representantes entenda rapidamente a importância da emenda para assegurar ao Instituto Nacional de Saúde o uso dos recursos que já têm em mãos para garantir o bem-estar destes chimpanzés agora e no futuro”, disse Harkin em uma coletiva de imprensa.
Com esta emenda, os 60 chimpanzés que aguardam uma decisão do Congresso e estão no Centro de Pesquisas New Iberia poderão ter uma lar digno, assim como os outros 200 espalhados pelo país que esperam uma chance para conseguirem liberdade, poderão ser acolhidos pelo Ato. (Anda / Agência de Notícias de Direitos Animais)
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