O fato de a Equatorial Goiás figurar entre as duas piores distribuidoras de energia de grande porte do Brasil em 2024, segundo a Aneel, revela uma realidade que os goianos já sentem no dia a dia: a energia elétrica no estado ainda é instável, e os prejuízos chegam direto ao bolso e à rotina da população.
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Mesmo com a promessa de avanços e investimentos bilionários – mais de R$ 4 bilhões, segundo a empresa – os dados mostram que a qualidade do serviço ainda está aquém do esperado.
O consumidor goiano ficou, em média, quase 16 horas sem energia ao longo do ano de 2024, número muito acima do limite de 11,43 horas permitido pela Aneel.
Dignidade dos goianos afetada
Esse tipo de interrupção não é apenas incômodo: causa perdas em comércios, afeta o armazenamento de alimentos, equipamentos eletrônicos e a própria dignidade de quem depende da energia para trabalhar, estudar ou cuidar da saúde.
A empresa alega ter melhorado seus índices desde que assumiu a concessão.
De fato, houve redução nos indicadores.
Mas isso não é suficiente.
O que o consumidor espera é um serviço efetivamente confiável, estável e digno do que se paga nas contas de luz – que, aliás, continuam pesando cada vez mais no orçamento das famílias.
É preciso lembrar que a energia elétrica é um serviço essencial.
Equatorial precisa melhorar — e muito
Se a Equatorial conseguiu reduzir seus indicadores internos, ótimo – mas isso ainda não se reflete de forma justa e perceptível no cotidiano da população, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.
E isso fica ainda mais evidente no ranking de desempenho das distribuidoras de grande porte divulgado pela Aneel. A Equatorial Goiás aparece na 30ª colocação entre 31 empresas analisadas, superando apenas a CEEE-D, no Rio Grande do Sul.
Veja as últimas posições do ranking da Aneel (2024):
- 28º lugar – Amazonas Energia (AM)
- 29º lugar – Enel Rio (RJ)
- 30º lugar – Equatorial Goiás (GO)
- 31º lugar – CEEE-D (RS)
Em 2022, a distribuidora goiana ocupava o 27º lugar – ou seja, despencou 3 posições em 2 anos.
O índice de desempenho global de continuidade (DGC) da Equatorial Goiás foi de 1,19, o 2º pior entre todas as distribuidoras de grande porte do Brasil.
Portanto, mais do que notas técnicas e investimentos anunciados, a população quer resultados práticos: menos quedas, menos horas sem energia e um serviço à altura das tarifas cobradas.
A melhoria já não pode ser promessa. Tem que ser realidade.
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