De acordo com os órgãos goianos de trânsito e segurança pública, o proprietário que suspeitar ter sido vítima de carro clonado deve acionar a Polícia Civil para que o caso seja investigado.
Se for comprovada a existência do clone, além de se isentar das multas indevidas, o dono ganha o direito de trocar a placa veicular.
Geralmente, a suspeita de que o veículo tenha sido clonado vem acompanhada de outra dor de cabeça: a notificação de infração de trânsito.
O proprietário que receber uma multa de alguma cidade ou local onde não esteve deve ficar alerta, especialmente se a autuação tiver sido aplicada por aparelho eletrônico.
Segundo o gerente de Fiscalização do Detran, major Lucas Antônio de Morais Gomes, ao receber uma multa de um local onde nunca esteve, o condutor deve comparar para ver se as características dos veículos são as mesmas do seu.
“Pode haver casos em que há erro de lançamento dos dados no sistema. Agora, se o modelo e as características são as mesmas, é preciso ficar atento”, explica.
1º passo
Ao suspeitar da clonagem do veículo, o proprietário deve procurar a Polícia Civil e registrar a ocorrência.
Vale ressaltar que, a partir desse momento, a ocorrência deve ser mantida sempre com o condutor, pois, caso seja abordado em blitz, ele deverá apresentá-lo para comprovar que o veículo de sua posse é o original.
De posse desse documento, é necessário procurar o Detran para protocolar o processo de suspeita de clonagem (veja a documentação necessária abaixo).
A documentação será analisada por peritos.
Caso seja comprovado que o proprietário foi vítima de fraude, o processo será deferido e será autorizada a troca administrativa da placa do veículo, que será desvinculada da antiga.
Ao conseguir o direito de trocar a placa, o proprietário deverá pagar as taxas e levar o veículo para passar por perícia comprovando que é dono do veículo original.
Multas
Ao receber uma autuação que o condutor não reconhece é necessário que ele protocole recurso junto ao órgão autuador.
Na prática, significa que se ele foi multado em uma BR, por exemplo, o apelo deverá ser feito ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).
Se a multa foi nas vias municipais, o recurso deve ser feito junto às superintendências ou secretarias municipais de trânsito.
Mesmo que haja suspeita de clonagem, para cada autuação deve ser apresentado um recurso.
Porém, nesse caso, o condutor pode juntar, ao apelo, a ocorrência policial para aumentar suas chances de ter o recurso deferido.
Cópias de documentação necessária para processo de troca de placa de carro clonado:
– Identificação pessoal;
– Contrato Social e CNPJ – pessoa jurídica;
– CRV – frente e verso – quando for do modelo antigo;
– CRLV – frente e verso – quando for do modelo antigo;
– Notificação de autuação por infração de trânsito que incidiu indevidamente sobre o veículo;
– Imagem do veículo, no caso de infração registrada por sistema automático metrológico ou não metrológico de fiscalização;
– Microfilme de Auto de infração lavrado por agente de trânsito;
– Recurso interposto perante o órgão autuador, conforme o caso;
– Fotografia coloridas da frente, da traseira e das laterais do veículo de propriedade do requerente para confronto com os demais documentos, devendo ser descrito ou indicados todos os pontos divergentes entre o veículo clonado e o veículo dublê ou clone;
– Informações que possibilitem a comprovação da existência de veículo dublê ou clone;
– Cópia do expediente que autorizou a remarcação do chassi, na hipótese da identificação do chassi e agregados demonstrarem que a gravação não é original ou que tenha ocorrido a sua substituição;
– Laudo de vistoria de identificação veicular nos moldes da Resolução 966/2013 do Contran;
– Laudo pericial elaborado pelo Instituto de Criminalística competente com as características do veículo.
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