Cidadão refém e intransigente
Assim como ocorre nas regiões metropolitanas das demais capitais brasileiras, o morador da Grande Goiânia tem consciência dos fatores que contribuem com o aumento dos índices de violência. O uso de drogas e o consumo de bebida alcóolica, obviamente, se encontram na dianteira. Mesmo assim há grande resistência em relação à proposta de antecipação do fechamento dos bares porque o cidadão enxerga que o aparato policial está rendendo aquém do necessário.
Espera por resultados
O povo goiano não é bobo, longe disso. Há décadas ele percebe o distanciamento entre o poder de fogo da bandidagem e o efetivo mínimo das Polícias Civil e Militar. Operações pontuais amenizam o problema, uma espécie de refresco para a sociedade, mas a sensação de insegurança é frequente. Reside aí uma certa intransigência com a redução no horário de funcionamento dos botecos, mesmo os da periferia. O cidadão de bem quer ver mais planejamento e resultado das forças policiais antes de abrir mão das suas poucas opções de lazer.
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Destino e tormento
Dois jovens, duas vidas perdidas. Gabriel Caldeira, 19 anos, foi a vítima fatal. Murillo Conceição, 20 anos, aquele que apertou o gatilho sem motivo relevante. Uma simples troca de olhares, insultos de ambos os lados e o estrago estava feito no setor Marista. Duas famílias despedaçadas, incluindo os irmãos Bruno e Arthur Stival que acompanhavam o autor dos disparos. Para os pais de jovens que vivem esbarrando nos botecos da vida, resta o permanente aperto no coração e muitas orações para que nada de grave aconteça aos filhos.
Mosqueteiros indignados
Pelo andar da carruagem, está faltando apenas uma frase do presidente Eduardo Cunha para completar o trio de parlamentares “horrorizados” com o balcão de negócios montado pelo Governo Dilma Rousseff para barrar o processo de impeachment no plenário da Câmara. O deputado Paulo Maluf (SP) e o senador Fernando Collor (AL) não se cansam de demonstrar revolta e contrariedade com a oferta de cargos e benefícios. Pelo histórico de denúncias em falcatruas, Eduardo Cunha seria o personagem perfeito para expressar, ao lado de Maluf e Collor, o clima de indignação no Congresso Nacional.
Jornalismo sem glamour
Coincidência irresistível a comemoração dupla nesta quarta-feira, 7 de abril, pelo Dia Mundial da Saúde e Dia do Jornalista. É justamente saúde que tem faltado ao profissional de comunicação para suportar tantas notícias ruins nos últimos anos. Milhares de demissões, salários defasados e veículos fechando as portas com velocidade absurda em todo país. Esse triste cenário tem transformado o jornalista num profissional angustiado e depressivo pela ausência de oportunidades. Era uma vez o glamour da profissão.
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