A passagem de Clarence Seedorf pelo futebol brasileiro terminou de forma repentina e mais rápida do que o esperado. O holandês decidiu pendurar as chuteiras para virar técnico do Milan após a queda de Massimiliano Allegri.
Veja na íntegra reportagem publicada no UOL Esportes:
A decisão do camisa 10 de abandonar o Botafogo – no contrato, havia uma cláusula que o liberava de forma imediata em caso de fim de carreira – foi confirmada nesta terça-feira e afeta o clube carioca em ano importante. O Alvinegro perde sua principal referência e é obrigado a se reorganizar em temporada que disputará a Copa Libertadores.
“Estou aqui para anunciar que vou parar de jogar futebol depois de 22 anos. Foi uma noite difícil, mas estou satisfeito com o que fiz na minha carreira, com o que fiz no Botafogo. A minha felicidade de poder ter deixado em campo um resultado importante pelo Botafogo. Conseguimos uma vaga na Libertadores que o clube merece, o torcedor merece e o grupo merece. O [título do] Carioca foi um começo. Não acabou mal. Conseguimos a vaga na Libertadores. Todos aqui merecem”, disse, em entrevista coletiva realizada no Engenhão.
O meia fez questão de agradecer ao ex-treinador Oswaldo de Oliveira e toda a comissão técnica. Seedorf ainda falou que vai para Saquarema se despedir dos antigos companheiros de equipe e confirmou que vai ser técnico. “Essa experiência nesse um ano e meio me fez crescer muito e me ajudará no meu próximo passo, que será como treinador do Milan. Queria fechar de maneira elegante e correta. Essa é a minha parte, o que eu precisava falar”, completou.
Carreira
Com o retorno à Europa para trabalhar no banco de reservas do Milan, Seedorf confirma o fim de uma carreira brilhante como jogador. Ele teve passagens vitoriosas por Ajax, Sampdoria, Real Madrid, Inter de Milão, Milan e Botafogo. No Rio de Janeiro desde 2012, o holandês se tornou ídolo, conquistou o título do Campeonato Carioca da última temporada e deixou um legado.
Com personalidade forte, o jogador de 37 anos transformou a rotina do Botafogo. O perfil questionador, perfeccionista e observador trouxe mudanças ao clube. Ele foi apontado, em reportagem do jornal Extra, como atuante nas decisões dos jovens valores do elenco alvinegro, trabalhando como uma espécie de empresário. Foi alvo de insatisfações dentro do grupo por cobranças durante treinos e jogos. Até interferiu nas refeições dos companheiros antes e depois de partidas. Também contou com aval da diretoria para ter mais férias que os demais.
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